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Estamos de volta...

por No mundo do SOP, em 23.12.14

Cinco meses após o último post heis que volto com muitas novidades e acontecimentos. Em Julho decidi desligar de tudo o que tinha a ver com o assunto… Deixei a acupuntura, os nervos de lado, os pensamentos maus e bons e até mesmo de escrever no blog. Tomei esta decisão porque senti que precisava mesmo de me desligar de tudo o que me fizesse pensar e remeter para a gravidez que não acontecia.

 

Em agosto voltei a não menstruar e tive que voltar a fazer medicação para provocar a dita cuja. Foi horrível!!!!! Depois de ter passado por uma cirurgia que iria resolver o problema lá tive que voltar a solucionar o “problema” com os comprimidos. Foi aí que disse “acabou-se, não volto a tomar mais nada e não vou fazer mais tratamentos”. Decidimos fazer uma viagem nas férias de verão e, quinze dias antes, marcámos uma viagem de 10 dias para o outro lado do mundo. Escolhemos um destino novo, onde não conhecêssemos nada nem ninguém, onde nada daquilo nos fizesse pensar sequer que estávamos há dois anos a tentar engravidar. E fomos para Bali e realmente foi incrível. Durante 10 dias as nossas cabeças desligaram de Portugal, dos problemas, do trabalho, dos amigos e da família. Éramos apenas nós os dois e um mundo novo, pessoas novas, costumes e tradições diferentes, cheiros e imagens excelentes e um aconchego enorme por parte daquele país. Passados dez dias voltámos à realidade com um pensamento diferente, com uma maneira diferente de ver a vida e de encarar tudo e todos.

 

Dia 24 de setembro, depois de 8 dias de atraso e a encarar a “coisa” de forma natural e habitual, decidi fazer um teste de gravidez. E lá estava, um positivo muito sumido, quase quase que não se percebi que havia mais um tracinho cor-de-rosa. Chorei, gritei, desesperei, fiquei completamente apática e louca de felicidade. Foi uma mistura de sensações, principalmente porque não estava muito nítido e porque dois anos depois tinha acontecido. Era bom de mais para ser verdade… Aguardámos para o dia seguinte e voltei a repetir o teste. Aí sim, já estava um tracinho cor-de-rosa bem visível e que não deixava dúvidas. Ainda assim, não me dando por satisfeita e não estando a acreditar no que via, decidi ir ao centro de saúde e voltei a repetir o teste que, claro está, deu positivo. Foi um bombardear de informações, tinha descoberto há menos de 24 horas que estava grávida e já me estavam a dizer a data provável do parto!!!!! Eu ainda estava a assimilar aqueles positivos e já me diziam que o bebé ia nascer. Oh Deus, tanta informação e tantos sentimentos em tão pouco espaço de tempo…

 

Resolvemos ir de imediato até Lisboa anunciar ao Dr. Luis que estávamos grávidos. Fizemos uma ecografia onde se via o saco gestacional que, segundo o Dr., estava muito bom para continuar a gravidez. Tivemos a opção de deixar o Hospital dos Lusiadas, uma vez que como estávamos grávidos tínhamos alta da PMA, e procurar outro obstetra mais próximo da nossa área de residência mas optámos por continuar com o Dr. Luis. Foi ele que conseguiu resolver o “problema”, foi ele que sempre nos garantiu que no espaço de um ano iriamos engravidar e por tudo o resto vamos ficar com ele até ao fim da gravidez e, inclusive, vamos ter o bebé no Hospital dos Lusiadas.

 

Com isto tudo já lá vão 18 semanas de gestação e de uma felicidade imensa. Bem dita a hora que percorremos 32 horas de viagem e fomos até ao outro lado do mundo. Foi a viagem que mais nos marcou e que jamais vamos esquecer.

 

A todas as mulheres que estão a passar por este problema vão até à agência de viagens, comprem uma viagem para bem longe e esqueçam tudo o que vos rodeia. Para mim e para outras meninas foi o remédio certo. Claro que cada caso é um caso e quem nem todos os problemas têm a mesma solução mas a verdade é que a nossa cabeça manda e comanda tudo, quanto mais limpa e tranquila estiver mais fácil solucionamos todos os nossos problemas.

 

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2 comentários

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De PL a 14.01.2015 às 14:35

Boa tarde, após uma viagem virtual que me permitisse sentir mais "normal" no meio da anormalidade, vim parar ao seu blogue.
Tenho 35 anos e a minha jornada começou em 1994, quando menstruei espontaneamente pela primeira e última vez. A partir daí, tem sido sempre de forma induzida e desde adolescente que sei que se quisesse engravidar teria mais dificuldade que a maioria das mulheres. O motivo: ovários poliquísticos.
A vida foi desenvolvendo dentro daquilo que se tornou normal para mim e há 3 anos, depois de despistar se o meu organismo estava apto para empreender na aventura de uma gravidez, iniciou-se o processo. Fui acompanhada medicamente desde logo e prontamente encaminhada para o H. Pedro Hispano, pois sabia-se que com as tentativas no seio do casal e os tempos de espera para consulta, rapidamente passariam os 12 meses convencionados para se considerar a situação de infertilidade.
Durante 2 anos passei por fases sem medicamento algum (em que nunca menstruei, como esperado), voltei a tomar Progyluton que já conhecia da adolescência, eu e o meu marido fizemos as análises e exames habituais (histerossalpingografia, espermograma, ecografias), entupi-me com Dufine (1, 2 e posteriormente 3 comprimidos) em que apenas uma vez resultou na numa injeção de Pregnyl e findas as possibilidades que teria nesse hospital fui encaminhada para o H. São João.
Após todos os meses de espera pela primeira consulta em que apenas me encontrava medicada com Progyluton para andar menstruada, finalmente conheci em dezembro passado a médica que me está a acompanhar. Deixei o Progyluton, passei a tomar diariamente duas carteiras de Ovusitol, vou fazer novas análises e ecografia. Se no espaço de 2 meses não menstruar, volto a tomar Provera com quem convivi 11 anos para poder fazer análises no 3º dia do período. No final de fevereiro tenho nova consulta e logo se verá o que se segue.

Desejo que viva plenamente a sua gravidez e que a sua cria seja feliz e se torne um cidadão íntegro.

Felicidades!
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De VFS a 03.02.2015 às 13:17

Confesso que me vieram as lágrimas aos olhos, fiquei feliz como se fosse comigo própria.
Comecei hoje a ler o seu blog, na tentativa de ouvir outras opiniões sobre a minha própria luta, li-o de fio a pavio, fiquei receosa e ansiosa, mas felizmente conseguiu :)
Obrigada por trazer esperança, mtas felicidades para si e para a nova vida que traz dentro de si !

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