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A notícia da gravidez

por No mundo do SOP, em 24.02.15

Quando soube que estava grávida a vontade que tive foi de sair para a rua e gritar para toda a gente ficar a saber. Não porque queria que os meus vizinhos ficassem a saber do sucedido mas porque a minha felicidade era tanta que precisava de me libertar. Pois bem, eu e o marido decidimos que inicialmente só iriamos contar aos nossos pais. Não queríamos contar a mais ninguém porque os medos e os receios eram muitos e, caso algo corresse mal, preferíamos passar por isso sozinhos sem questões ou preocupações de outras pessoas. Sempre ouvi dizer que não se deve anunciar uma gravidez antes dos 3 meses e, como já tínhamos passado por um processo tão delicado, resolvemos guardar segredo até então.

 

Comunicámos aos meus pais que estávamos grávidos após um jantar. A minha mãe chorou baba e ranho agarrada a mim e o meu pai ficou sem reação. Parecia que nada daquilo que eu estava a dizer fazia sentido, que depois de tantos anos de sofrimento parece mentira. Umas horas depois o meu pai comentou com a minha mãe “parece que nem acredito”!

 

Nem imaginam a vontade que eu tinha de contar ao meu irmão, aos meus familiares mais próximos e, claro, às minhas amigas. Afinal de contas todas estas pessoas se preocupavam comigo e perguntavam frequentemente como é que eu estava, se a menstruação já estava regular, se era normal demorar tanto tempo a engravidar, enfim… Aquelas questões de sempre.

 

Pouco tempo antes das doze semanas contámos aos nossos irmãos e cunhadas e aos nossos tios mais chegados. Só depois das doze semanas, e após a primeira ecografia, é que anunciámos ao mundo que íamos ser papás. Após esse momento tudo foi mais simples, já não precisava de usar roupa larga para esconder a barriga e já podia responder a toda a gente “sim, estou grávida”.

 

Como fiz barriga muito cedo houve algumas pessoas que me perguntaram se estava grávida e a resposta era sempre “não, estou só inchada”! Bem… era uma dor tão grande quando respondia isto. Parece que estamos a esconder o nosso bebé, que estamos a cometer um crime e a rejeitar a sua existência. Exatamente por isso, assim que pude, fui ter com essas pessoas e expliquei que estava grávida mas que na altura ainda não queria que se soubesse pelos motivos todos que já referi. Para terem uma noção do crescimento da minha barriga, comecei a usar calças de grávida às 8 semanas porque já não me sentia nada confortável com as calças ditas normais.

 

Sei perfeitamente que fui “criticada” e comentada por não ter dito que estava grávida mal soube, da mesma maneira que continuo a ser por não colocar fotografias da minha gravidez nas redes sociais, mas há coisas que nos passam completamente ao lado! A essas pessoas eu chamo-as de “desocupadas” porque não lhes interessa os motivos pelos quais fazemos ou não determinadas coisas mas sim o facto de não terem nada com que realmente se preocupar. Não desejo a ninguém aquilo pelo que tivemos de passar mas se essas pessoas passassem por ¼ do que nós passámos iam compreender tudo e mais um par de botas. Quanto às fotografias nas redes sociais, talvez um dia ainda escreva um post sobre o tema :)

 

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O primeiro trimestre

por No mundo do SOP, em 10.02.15

Hoje venho aqui contar-vos como foi o primeiro trimestre da minha gravidez. Pois bem, como engravidar foi muuuuuuito difícil e demoroso, este primeiro trimestre foi vivido com muita cautela e sempre alerta. Apesar da felicidade estampada no rosto, todos os dias eram vividos com uma grande ansiedade. Ao final do dia o pensamento era sempre o mesmo “já só faltam x dias para terminar o primeiro trimestre…”.

 

Todas nós sabemos, ou porque nos dizem ou porque ouvimos dizer, que o risco maior de aborto só termina após o primeiro trimestre de gravidez. Ora eu quando descobri que estava grávida já ia na 5ª semana de gestação portanto só faltavam mais sete semanas até passar essa fase. E que sete semanas… Acredito que todas as mulheres tenham “medo” do primeiro trimestre mas acredito mais ainda que quem teve dificuldades em engravidar multiplique esse medo!!!

 

Por volta das 6 semanas começaram os enjoos, os vómitos matinais, o olfato mais apurado e a barriga a crescer. Quando fui a consulta o médico receitou-me logo ácido fólico, iodo, comprimidos vaginais de progesterona (para reduzir o risco de aborto) e… Nausefe! Os meus eternos aliados nesta luta dos enjoos e dos vómitos. Desde que eles apareceram na minha vida que tudo ficou muuuuuuuuito mais fácil e suportável. Passei a ter umas manhãs muito mais felizes, exceto quando lavava os dentes e arrumava a loiça suja na máquina. Bha!!!!! Era a pior coisa que podia fazer. Como deixar de lavar os dentes estava fora de questão, deixei de arrumar a máquina (passei essa tarefa para o marido) e fiquei ainda mais feliz.

 

Todas as noites, durante cerca de quatro semanas, parecia que tinha um pequeno monstro dentro da minha barriga. Durante a noite acordava cheia de cólicas, dores, barulhos, desconforto… eu sei lá! Parecia que algo dentro de mim ia rebentar a qualquer momento. Falei com o meu obstetra e percebi que todo aquele reboliço era os meus órgãos a mexer, a mudar a sua posição para o útero ganhar espaço para o bebé. Passei a não conseguir dormir tudo de seguida, a andar feita zombie pela casa durante a noite porque deitada as dores eram bem piores.

 

Outra coisa que mudou na minha vida foi o sono. A verdade é que sempre fui de dormir, quando digo dormir digo mesmo dormir, de me sentar no sofá a ver um filme e adormecer. Mas isso piorou… Ora se eu me aguentava, em dias de semana, acordada até às 23h passei a ficar acordada até às 21h. Chegava do trabalho e tinha que ir dormir. Na hora de almoço (eu almoço no meu local de trabalho com os meus colegas) era uma luta contra o sono. Pior ainda era fazer com que eles não percebessem que o meu sono era devido à gravidez, isto porque eu só contei que estava grávida depois das 12 semanas.

 

Fora isto, correu tudo na perfeição e dentro da normalidade. Às 12 semanas fomos fazer a primeira ecografia morfológica e as análises bioquímicas onde ficámos a saber que o bebé se estava a desenvolver muito bem e que o risco de ter alguma trissomia era reduzido. Não existe o fator “sem risco” de trissomia, mas pelo que o médico disse a probabilidade de ganhar o euro milhões é maior do que o bebé ter trissomia. Depois disto, é claro que suspiramos de alívio e pensamos “o pior já passou”!

 

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Estamos de volta...

por No mundo do SOP, em 23.12.14

Cinco meses após o último post heis que volto com muitas novidades e acontecimentos. Em Julho decidi desligar de tudo o que tinha a ver com o assunto… Deixei a acupuntura, os nervos de lado, os pensamentos maus e bons e até mesmo de escrever no blog. Tomei esta decisão porque senti que precisava mesmo de me desligar de tudo o que me fizesse pensar e remeter para a gravidez que não acontecia.

 

Em agosto voltei a não menstruar e tive que voltar a fazer medicação para provocar a dita cuja. Foi horrível!!!!! Depois de ter passado por uma cirurgia que iria resolver o problema lá tive que voltar a solucionar o “problema” com os comprimidos. Foi aí que disse “acabou-se, não volto a tomar mais nada e não vou fazer mais tratamentos”. Decidimos fazer uma viagem nas férias de verão e, quinze dias antes, marcámos uma viagem de 10 dias para o outro lado do mundo. Escolhemos um destino novo, onde não conhecêssemos nada nem ninguém, onde nada daquilo nos fizesse pensar sequer que estávamos há dois anos a tentar engravidar. E fomos para Bali e realmente foi incrível. Durante 10 dias as nossas cabeças desligaram de Portugal, dos problemas, do trabalho, dos amigos e da família. Éramos apenas nós os dois e um mundo novo, pessoas novas, costumes e tradições diferentes, cheiros e imagens excelentes e um aconchego enorme por parte daquele país. Passados dez dias voltámos à realidade com um pensamento diferente, com uma maneira diferente de ver a vida e de encarar tudo e todos.

 

Dia 24 de setembro, depois de 8 dias de atraso e a encarar a “coisa” de forma natural e habitual, decidi fazer um teste de gravidez. E lá estava, um positivo muito sumido, quase quase que não se percebi que havia mais um tracinho cor-de-rosa. Chorei, gritei, desesperei, fiquei completamente apática e louca de felicidade. Foi uma mistura de sensações, principalmente porque não estava muito nítido e porque dois anos depois tinha acontecido. Era bom de mais para ser verdade… Aguardámos para o dia seguinte e voltei a repetir o teste. Aí sim, já estava um tracinho cor-de-rosa bem visível e que não deixava dúvidas. Ainda assim, não me dando por satisfeita e não estando a acreditar no que via, decidi ir ao centro de saúde e voltei a repetir o teste que, claro está, deu positivo. Foi um bombardear de informações, tinha descoberto há menos de 24 horas que estava grávida e já me estavam a dizer a data provável do parto!!!!! Eu ainda estava a assimilar aqueles positivos e já me diziam que o bebé ia nascer. Oh Deus, tanta informação e tantos sentimentos em tão pouco espaço de tempo…

 

Resolvemos ir de imediato até Lisboa anunciar ao Dr. Luis que estávamos grávidos. Fizemos uma ecografia onde se via o saco gestacional que, segundo o Dr., estava muito bom para continuar a gravidez. Tivemos a opção de deixar o Hospital dos Lusiadas, uma vez que como estávamos grávidos tínhamos alta da PMA, e procurar outro obstetra mais próximo da nossa área de residência mas optámos por continuar com o Dr. Luis. Foi ele que conseguiu resolver o “problema”, foi ele que sempre nos garantiu que no espaço de um ano iriamos engravidar e por tudo o resto vamos ficar com ele até ao fim da gravidez e, inclusive, vamos ter o bebé no Hospital dos Lusiadas.

 

Com isto tudo já lá vão 18 semanas de gestação e de uma felicidade imensa. Bem dita a hora que percorremos 32 horas de viagem e fomos até ao outro lado do mundo. Foi a viagem que mais nos marcou e que jamais vamos esquecer.

 

A todas as mulheres que estão a passar por este problema vão até à agência de viagens, comprem uma viagem para bem longe e esqueçam tudo o que vos rodeia. Para mim e para outras meninas foi o remédio certo. Claro que cada caso é um caso e quem nem todos os problemas têm a mesma solução mas a verdade é que a nossa cabeça manda e comanda tudo, quanto mais limpa e tranquila estiver mais fácil solucionamos todos os nossos problemas.

 

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Ainda não foi desta

por No mundo do SOP, em 13.07.14

E ao 5º dia de atraso, em que era suposto fazer o teste de gravidez, eis que surge a menstruação...

 

É um misto de sensações. Primeiro fiquei triste porque afinal não estava grávida (já tinha uma esperançazinha de que todas as dores e a temperatura alta fossem sinais disso), mas depois passou e fiquei feliz. Não fiquei feliz por não estar grávida, claro! Mas fiquei feliz porque tinha menstruado sem qualquer tipo de ajuda, coisa que até ter sido operada só tinha acontecido 2 vezes.

 

Agora já consigo perceber melhor o meu corpo e os sinais/sintomas de quando estou a ovular. Percebi, também, que vou continuar sem ser propriamente regular e que os meus ciclos não vão ser de 28 dias, podem variar para mais ou para menos. Por isso mesmo é que tenho de perceber os “avisos” da ovulação.

 

Daqui para a frente é continuar a tentar e não desanimar nem desesperar, manter a confiança de que vai chegar a minha vez.  

 

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3 dias de atraso

por No mundo do SOP, em 08.07.14

Ainda não consegui perceber muito bem se é bom ou se é menos bom… A verdade é que estou com um atraso de 3 dias. Desde o fim-de-semana que o meu corpo está estranho! Tenho a temperatura sempre alta (37,8 °C), tomo um benurom e baixa para os 37,4 °C/37,5 °C. Não existe nenhum motivo aparente para isto acontecer, não me dói a garganta, não me dói o corpo, não me dói nada… Só não consigo baixar a temperatura do meu corpo que é normalmente de 36,5 °C.

 

De vez em quando tenho sentido umas pontadas na barriga que dá a sensação de que é da menstruação mas, até agora, nada. Por um lado tenho vontade de ir já ao wc faze o teste de gravidez mas, por outro lado, estou com receio de ter novamente um negativo. A data indicada pelo médico para fazer o teste é ao 5º dia de atraso que será na 5ª feira, das duas uma, ou faço logo o teste nesse dia ou então aguardo até sábado. Vamos ver como está a minha coragem nesse dia.

 

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Será desta?

por No mundo do SOP, em 24.06.14

Já faz algum tempo desde o último post! A verdade é que tenho andado rodeada de trabalho (felizmente). O facto de ter estado 2 semanas sem ir trabalhar faz com que tenha de reorganizar todo o trabalho que não foi feito. Agora já tenho tudo orientado e já posso, novamente, voltar a colocar todas as novidades em dia :)

 

Voltei ao trabalho no dia 11 de Junho e a verdade é que me custou um bocadinho. Ainda tinha algumas dores, mais na zona do umbigo, e custava-me estar muito tempo sentada (passo o dia praticamente sentada). Já lá vai quase um mês desde a cirurgia e o meu umbigo não está a 100%. Ainda tem algumas crostas e há um pontinho interno que está a sair mas até está a ficar bastante bonito. Apesar de andar sempre de cinta a barriga ainda não está totalmente igual ao que era, nota-se um inchaço por causa do gás. Quando toco na zona do umbigo ainda tenho dores mas nada de muito forte. Fora isto está tudo a correr muito bem.

 

A menstruação aconteceu naturalmente e mais cedo do que eu estava a prever. Dia 8 de Junho lá estava ela. Fiquei mesmo feliz, só quem passa por estas situações é que percebe a felicidade de menstruar. Não tive dores nenhumas, o que para mim é novidade J Depois de tantos anos de dores horríveis quando menstruava, finalmente soube o que era ter a menstruação sem dores. Claro que senti um ligeiro desconforto mas nada de especial. Segundo o calendário, se estiver regular, estou no período fértil desde dia 19 de Junho e não tenho falhado a nenhum treino :) O médico aconselhou a não fazer testes de fertilidade, porque só ia aumentar a minha ansiedade, e disse que era melhor guiar-me pelos sinais de ovulação tais como a “moinha” na barriga, desconforto na zona dos ovários, corrimento, borbulhas e tensão muscular. Tenho sentido praticamente todos os sintomas, agora esperemos que seja mesmo. Supostamente tenho de menstruar dia 6 de Julho, se tal não acontecer aguardo mais cinco dias e faço o teste de gravidez.

 

Continuo a fazer as consultas de acupuntura uma vez por semana mas não tenho sentido nada de especial no meu corpo. A verdade é que também acho que não se sente propriamente até porque isto é uma questão interna. O Dr da acupuntura diz que o facto de ter menstruado é um dos sinais de que está a surtir efeito e eu quero acreditar que também tenha ajudado! Vou continuar lá mais uns tempos nem que seja só para andar mais relaxada e menos ansiosa.     

 

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Dia de tirar os pontos

por No mundo do SOP, em 06.06.14

Hoje foi o dia de tirar os pontos! Como não sou de Lisboa fui ao centro de saúde da minha cidade tirar.

 

Cada vez que vou ao centro de saúde, felizmente muito poucas, saio de lá com histórias novas para contar. Hoje não foi excepção! Entreguei a nota de alta de enfermagem e médica à enfermeira e ela diz-me:

 -  “Ai coitada, é tão nova e já lhe tiraram os ovários”.

Eu devo ter ficado verde, azul, vermelhas, de todas as cores… Ao que eu respondi

-  “Desculpe? Mas eu não fui tirar os meus ovários! Não é nada disso que está escrito na nota de alta!”.

- “Então o que é que cá está escrito? O que diz cá é que foi remover os ovários” – acrescentou a Sra Enfermeira.

- “Não sou eu que tenho de lhe dizer o que está escrito no papel, a senhora é que deve ler com atenção o que está escrito. Se fosse para eu dizer o que tinha feito não trazia o papel” – disse eu.

A senhora lá leu os papéis com atenção e sai-se com esta:

- “Ah, afinal é drilling ovárico e não remoção do ovário!”

- “Pois, são coisas completamente diferentes” – respondi eu!

 

Depois desta falta de profissionalismo só me apeteceu sair dali a correr, mas não tinha mais nenhum sitio onde tirar os pontos. Demorou imenso tempo para retirar os pontos do umbigo e doeu-me que se fartou. Enquanto ia retirando os pontos ia dizendo “Nunca vi uns pontos tão apertados, está aqui um belo serviço… Deviam estar cheios de força.” Eu já nem respondi, só pensei, nem quero imaginar como seriam os pontos desta enfermeira…enfim! Quando terminou disse-me “Não sei se tirei os pontos todos do umbigo, vá passando com Betadine e se encontrar lá linhas pretas venha cá para eu tirar”. Oh meu deus, então agora não sabe se tirou tudo ou não???? E foi acrescentando:

- “Não tenho pensos impermeáveis por isso vai com estes e não os pode molhar. Só os tira no Domingo ou na 2ª feira”.  

- “Então e não tomo banho? Desculpe mas eu tenho de tomar banho” – respondi eu.

- “Lava-se só por baixo, à gato” – Respondeu a senhora muito convicta do que estava a dizer!

 

Saí dali, fui à farmácia comprar pensos impermeáveis e pensos normais e voltei para casa. Entretanto ligou-me uma amiga que, por sorte, os pais são enfermeiros e contei-lhe a história. Ela falou com a mãe e a tarde lá vou eu mostrar o umbigo a uma enfermeira de confiança e perceber se tenho, ou não, pontos que a senhora enfermeira não viu!

 

 

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Infertilidade em Portugal - Programa Boa Tarde - SIC

por No mundo do SOP, em 05.06.14

Admiro muito a coragem que estas duas mulheres tiveram em dar a cara ao mundo e falar sobre este assunto!Já estou neste processo há um ano e sete meses mas, ainda assim, não sei se o conseguia fazer.

Parabéns pela coragem!

 

http://sic.sapo.pt/Programas/boatarde/2014/05/08/infertilidade-em-portugal

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Uma semana depois...

por No mundo do SOP, em 04.06.14

Faz hoje uma semana que fui operada. Felizmente já me sinto muito melhor, já não tenho dores nos ombros e a dor no umbigo diminuiu muito. Os intestinos vão funcionando muito devagarinho, mas isso para mim já é normal… As mãos, os pés e as pernas já não estão inchados e a barriga vai perdendo o gás a seu tempo.

 

Ontem fui dar um pequeno passeio a pé. Andei cerca de 30 minutos, num passo muuuuuuuito lento, mas senti-me bem e confiante. Ao final do dia fui a acupunctura, desta vez de carro com o marido a conduzir. Hoje a tarde vou voltar a fazer uma pequena caminhada para desenferrujar as pernas e aproveitar o sol.

 

Tenho a sensação que os meus ovários estão a começar a “funcionar”. De vez em quando tenho dores, como se estivesse para vir o período, mas dos dois lados, coisa que antigamente não acontecia. Nos meses que menstruava doía-me sempre só um ovário, normalmente o direito. Agora é aguardar para ver se vem este mês, se não vem ou se já não veio porque engravidei!  

  

 

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Laparoscopia - CHECK!

por No mundo do SOP, em 02.06.14

E aqui estou eu, sentada/deitada no meu sofá a recuperar da minha cirurgia. Vou recuar uns dias para contar todo o procedimento…

 

Na passada 3ª feira, dia 27 de Maio, tive a consulta de anestesia às 19h. Um Sr. Dr. muito simpático e querido lá foi fazendo as perguntas necessárias. O computador dele indicava que eu tinha de ficar internada ainda esse dia, coisa que eu não estava à espera e comecei logo a ficar nervosa, mas não foi preciso! Inicialmente a cirurgia estava prevista para as 9:30h mas foi adiada para as 13:30h e assim já podia ir dormir a casa. Saí do hospital completamente tranquila, sem qualquer nervosismo e assim permaneci.

 

Às 8h da manhã lá estava eu, em jejum, a fazer o internamento. Uma senhora acompanhou-nos até ao quarto e pediu para vestir a bata do bloco e calçar as meias de contenção. Bem, nunca tinha calçado umas meias daquelas, não é nada fácil estar com aquele aperto todo. Deram-se um comprimido para ficar ainda mais tranquila e fui dormitando até à hora da cirurgia que acabou por atrasar.

 

Às 14:20h fui levada para o bloco e a cirurgia começou às 14:45h. Depois perdi um pouco a noção das horas, não sei a que horas acordei nem a que horas fui levada para o quarto. Só sei que acordei bem, sem dores e quando cheguei ao quarto estava muito mal disposta e acabei mesmo por vomitar. À hora de jantar comi uma sopinha (caldo de sopa) e uma maçã cozida (que odeio!!). Às 21:30h a enfermeira veio ao quarto para eu me levantar e ir fazer a higiene. Estava tudo a correr tão bem até que tive uma quebra de tensão daquelas… Por pouco não desmaiei. Lá voltei para a cama e ali fiquei, até as 8h da manhã voltar ao wc sob ameaça de “se não fizer xixi tenho de algaliar”. Já não fazia xixi há quase 24h mas a pressão foi tanta que consegui! O xixi sai verde e com um cheiro muito estranho, não dá para explicar. O Dr. passou pelo quarto às 9h e disse que tinha corrido tudo muito bem. Limpou os dois ovários e as trompas e o útero estão fantásticos, sem qualquer alteração. As 11:30h saí do hospital e lá fiz uma viagem de 230km que correu muito bem, sem qualquer dor ou incómodo.

 

Tenho passado estes dias um pouco zonza e com algumas dores, principalmente no umbigo e nos ombros, e o xixi está a voltar à cor natural. Não perdi sangue nem tive nenhum corrimento vermelho, só verde! Nunca pensei ter tantas dores nos ombros, quando o gás sobe é horrível!!!! Fico sem posição, muito desconfortável, até me caem as lágrimas com as dores. Acabam por ser pior as dores dos ombros do que as dores do umbigo.   

Agora é repouso e nada de esforços e lides domésticas. Vou tirar os pontos na 6ª feira e volto ao trabalho na 4ª feira, dia 11 de Junho. Quanto aos treinos, posso começar depois de retirar os pontos e de me sentir com forças. Espero que este sofrimento valha a pena e que seja desta que se concretize o sonho de há 1 ano e 7 meses.  

 

 

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